Capa do livro "um defeito de cor" |
Depois de três longos meses terminei “um defeito de cor”, de Ana Maria Gonçalves, um livro ficcional histórico ( nem sei se o termo existe) que conta a história de Kehinde, uma menina traficada de Daomé, na África, para ser vendida como escrava no Brasil .
Ao que
tudo indica, a protagonista dessas 950 páginas pode ser Luísa Mahin,
mulher q teve papel importante na Revolta dos Malês, e possivelmente mãe
do abolicionista Luís Gama. Mas como citei, nada foi confirmado.
Durante
o processo de leitura, que foi bem difícil devido ao contexto histórico
cruel e verídico retratado no livro, muitas vezes me questionei o
motivo de não ter sido apresentada a certas figuras (maioria negra)e
fatos históricos do nosso Brasil, achei que poderia ser um lapso de
memória, mas definitivamente não foi.
Não vou discutir a
metodologia de ensino que tive, mas cabe a gente, a partir de agora, com
toda essa tecnologia a favor, irmos atrás de nossas raízes, origens e
histórias não contadas, pq na boa, foi bem isso mesmo, fatos, religiões,
mulheres, indígenas , negros , malês ( negros muçulmanos) e um monte de
história que ficou sem vez, sem voz.
Para aqueles que minimizam o
racismo, um spoiler do título: houve uma época brasileira que para os
negros assumirem cargos públicos só ocupados por brancos, eles tinham
que assinar um documento abdicando oficialmente da cor de pele. Isso não
é mimi, é história. #umdefeitodecorlivro #anamariagonçalves #luisamahin #livrodomês #dicadeleitura #feminismo #brasilcolonial #racismo #malês #educacao #literatura #luisgama #historia
Comentários