Celso Jatene e as Leis para o Meio Ambiente


 A industrialização foi um dos grandes fatores que ajudaram no desenvolvimento de muitas cidades  brasileiras e mundiais. As árvores foram substituídas por prédios, empresas e fábricas que foram construídas para suprir com a nova necessidade econômica do mundo. Assim como esse crescimento exagerado, um outro fator bem típico da mega metrópole começou a expandir; a poluição.
 Apesar da poluição ser causada, entre outras coisas, pela emissão de gases poluentes na atmosfera, o desmatamento das florestas e a depredação da flora em áreas urbanas também contribuem para o aumento do efeito estufa e outras catástrofes naturais. A árvore é a principal responsável pela retirada do carbono (CO2) da nossa atmosfera terrestre, são necessários cinco plantios dessa especie para neutralizar três toneladas de CO2 ou apenas seis delas para compensar o que um carro à gasolina lança no ar em um ano.    Um levantamento feito pela Comissão do Verde e Meio Ambiente da Câmara Municipal mostrou que nos primeiros quatro meses de 2011,São Paulo teve mais de 12 mil árvores arrancadas em bairros diferentes da cidade.
 Pensando em uma maneira de controlar essa emissão de gases e diminuir o corte irregular de árvores, o vereador Celso Jatene levou para Câmara Municipal de São Paulo o projeto de lei n° 21/2007, onde é criada a “Comissão de Prevenção Árvore Saudável e Segura” para catalogar todas essas especies em vias públicas do município. Conhecida como “Raio x das Árvores na Cidade” essa lei visa um controle mais minucioso das situações arbóreas da capital, fazendo com que todas elas sejam cadastradas e fiscalizadas.
 De acordo com o monitoramento realizado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, os principais riscos com as árvores que os agentes fiscais tentam prevenir são: a interferência de seus galhos e folhas em redes elétricas, a exposição de suas raízes nas calçadas que prejudica a locomoção do pedestre, a queda de árvores podres causadas pela chuva ácida ou cupins e principalmente a má conscientização da população, que muitas vezes sem saber são responsáveis pelos crimes ambientais de maus tratos à natureza e corte de árvore sem autorização da prefeitura. A lei criada por Jatene também tem o intuito de construir um marco legal para o plantio e poda dessas árvores, ajudando a conter o gás carbono na terra e diminuindo alguns desses problemas na cidade.
 Celso Jatene é conhecido na politica por ter uma postura favorável as questões ambientais, ele votou na aprovação da lei das Mudanças Climáticas e foi o primeiro vereador da cidade a usar a compensação de gases em atividades no seu gabinete, apelidado de “Gabinete Neutralizado." A equipe de Jatene em parceria com a organização não-governamental IBDN(Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza) conseguiu compensar a emissão desses gases produzidos pela atividade laboral do vereador, através de cálculos feitos por especialistas. A conta serve para saber a quantidade de gás carbono utilizados em cada atividade e quantas árvores podem ser plantadas para neutralizar a emissão desses poluentes. Essa atitude ecologicamente consciente do vereador deu vida ao projeto de lei n° 661/09, que torna obrigatória a compensação de emissões de gases de efeito estufa em eventos de grandes circulação públicas, tais como práticas desportivas, shows, exposições, concertos e desfiles. A lei estipula que para cada evento realizado, os responsáveis apresentem laudos informando dados com estimativas técnicas da emissão dos gases poluentes gerados pela atividade e de como será sua forma de compensação. 
 No geral, uma tonelada de carbono emitido na atmosfera equivale a cinco árvores nativas de ecossistemas degradados, como a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica. Em eventos como o da Fórmula Indy, que em Março de 2010 emitiu cerca de 1.137 toneladas de poluição, foram precisos plantar, até Junho do mesmo ano,14.165 mudas de espécies nativas nas beiras dos córregos, nascentes e rios do estado de São Paulo só para conseguir neutralizar os danos naturais que o evento causou. Já em sua edição seguinte, o prefeito de São Paulo adicionou um termo no contrato que autoriza a realização do evento na capital, obrigando os organizadores a compensar a poluição causada pelo CO2 durante a prova. De acordo com o documento, a própria equipe da Fórmula Indy calculou a quantidade de poluentes emitidos para a realização do evento e repassou os números para a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo. Segundo o chefe operacional da Itaipava São Paulo Indy 300 Nestlé, Daruiz Paranhos, o evento também incentiva o programa Carbon Free para que as 760 toneladas de gases poluentes emitidas antes, durante e após a realização da prova seja reduzida. Um dos patrocinadores,a Nestlé, plantou 4 mil árvores para compensar a emissão da Indy 300 em São Paulo.
 Segundo dados da organização IBDN, Celso Jatene promoveu durante o seu mandato o plantio de 366 árvores, ajudando a controlar a poluição na cidade e compensando os gases decorrentes de suas atividades até o final de 2012. Assim como o próprio vereador costuma dizer “ Mais vale um minuto de atitude do que uma hora de conversa” e isso ele já conseguiu mostrar.

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